sábado, 16 de agosto de 2014

Em SP, 46% dizem ter tido falta d'água nos últimos 30 dias, diz Datafolha

16/08/2014 09h03 - Atualizado em 16/08/2014 10h10

Em SP, 46% dizem ter tido falta d'água nos últimos 30 dias, diz Datafolha

Segundo pesquisa, problema no abastecimento é mais grave na cidade.
No estado, 28% dos entrevistados relataram interrupção no fornecimento.


Do G1 São Paulo

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (16) aponta que o problema da falta de água é mais grave na capital paulista, onde 46% dos entrevistados relataram interrupção no abastecimento nos últimos 30 dias. Em outros municípios da região metropolitana, 37% alegaram problemas.
Considerando todo o estado, 28% relataram ter enfrentado interrupção no fornecimento de água pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Na mesma pesquisa, a maneira como o governador Geraldo Alckmin (PSDB) vem lidando com a crise da água é aprovada por 28% dos eleitores e desaprovada por 27%.  
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 13 de agosto. Foram entrevistados 2.045 eleitores em 56 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O baixo volume de água em reservatórios e represas do estado de São Paulo é de conhecimento de 99% dos eleitores paulistas. A maioria (57%) afirma que está bem informada sobre o tema, enquanto 34% dizem estar mais ou menos informados e somente 7% consideram estar mal informados.
Segundo a pesquisa, a maioria dos eleitores paulistas desconfia das informações repassadas pela administração estadual: para 64% dos entrevistados, o governo de São Paulo divulga apenas o que interessa à própria administração. Para outros 30% o governo fornece todas as informações de que dispõe. Uma parcela de 6% não opinou.

Se considerado apenas os entrevistados com curso superior, 75% avaliam que o governo tem fornecido somente informações de seu interesse sobre a crise. O índice dos que têm a mesma opinião cai para 49% entre os menos escolarizados.

Também consideram que o governo divulga apenas informações de seu interesse sobre a crise 74% dos eleitores com renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos e 71% dos eleitores com renda superior a 10 salários.

Condução da crise
A maneira como o governador Geraldo Alckmin vem lidando com a crise da água é aprovada por 28% dos eleitores e desaprovada por 27%. Outros 39% a consideram regular e 6% não têm opinião. São mais críticos os mais escolarizados (34%) e os mais ricos (35%).

Uma parcela de 28% dos eleitores do estado diz ter enfrentado interrupção no fornecimento pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Destes, 5% tiveram problemas de falta de água por um dia, 4% por dois dias, 5% por três ou quatro dias e 14% por cinco dias ou mais. Outros 2% não souberam responder.

O Datafolha realizou pesquisa sobre o mesmo tema nos dias 5 e 6 de junho deste ano e a comparação entre os resultados mostra que se manteve estável a fatia dos que não sofreram com problemas no abastecimento de água nos 30 dias anteriores: 70%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com número SP- 00016/2014 e BR-00363/2014.

Comissão da Verdade revela: militares queriam matar Glauber Rocha

Edição do dia 15/08/2014
16/08/2014 01h40 - Atualizado em 16/08/2014 01h40

Comissão da Verdade revela: militares queriam matar Glauber Rocha

Primeira página de relatório da Aeronáutica sobre o cineasta traz a palavra 'morto' escrita à mão, o que significaria marcado para morrer.


Um documento que será divulgado neste sábado (16) pela Comissão da Verdade do Rio de Janeiro sustenta que o cineasta Glauber Rocha esteve marcado para morrer durante a ditadura militar. Em um relatório produzido pela Aeronáutica e obtido com exclusividade pelo Jornal das Dez, da GloboNews, Glauber é descrito como um dos líderes da esquerda brasileira e o que mais agia na Europa fazendo campanha política contra o Brasil. Na primeira página do documento, é possível ver a palavra "morto" escrita à mão. "Temos informação de uma fonte, um agente da repressão, que nos falou que era praxe na época escrever de próprio punho 'morto', em uma perspectiva de marcado para morrer", afirma Nadine Borges, presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro.

Link: http://glo.bo/1uDCJog